A precificação de produtos é um dos maiores desafios de um empreendedor, seja o negócio dele físico, e-commerce, varejista ou atacadista, não importa… o desafio é o mesmo. O processo de precificar produtos vai muito além de fazer comparativo com a concorrência e no objetivo do estabelecimento.
O preço errado, pode colocar sua empresa em sérios riscos!
Por isso, montamos uma lista para que novos empreendedores — e até mesmo os mais experientes que precisam reajustar o valor dos seus produtos — tenham como base na hora de precificá-los.
Confira abaixo quais variáveis levar em consideração!
O que devemos levar em consideração na hora de precificar os produtos?
Aprenda a precificar o produto ou “a de determinar o preço de um produto” com a lista que preparamos para sua empresa. Acompanhe!
1. Margem de lucro
A maioria das empresas revendedoras tem um preço sugerido para precificar o produto na hora da venda para o consumidor final.
Isso não significa que você seja obrigado a precificar o seu produto com a sugestão da fábrica, a não ser que ele venha tabelado o valor final e, sua empresa como revendedora, tenha aceitado a condição.
Isso somente valerá a pena se estiver dentro da sua margem de lucro estipulada para precificação do produto. Não existe uma margem de lucro padronizada para todo o tipo de comércio.
Ná hora de precificar, leve em consideração o equilíbrio e uma rentabilidade realista. Saiba que preços baixos demais prejudicam o financeiro, podendo deixar sua empresa com mais dívidas do que lucros. E preços altos demais espantam consumidores e encalham os produtos no estoque.
2. Custo e despesa
As despesas fixas e variáveis da sua empresa devem estar presentes na hora de precificar o seu produto.
É da venda dele que você vai pagar contas de água, luz, transporte, aluguel e etc. Por isso é obrigatório que esses valores sejam considerados.
- Custos de produção: são as despesas gastas com a matéria-prima, embalagem, entrega, gás (caso você ou seus funcionários usem em alguma etapa do produto) etc.;
- Impostos e salários de funcionários: o regime tributário do seu empreendimento (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) interfere na precificação do produto, pois afeta na composição do preço final.
3. Diferença entre markup e a margem de lucro
Se você tem um negócio ou pretende investir em algo, precisa saber a diferença entre esses dois termos. Segundo o SEBRAE, eles são muito confundidos pelos empreendedores.
Cada um deles tem um significado, e é importante conhecê-los por isso estamos trazendo aqui.
Margem de lucro
É a porcentagem que volta para o caixa quando todos os custos são pagos. Retire o valor das despesas fixas e variáveis para ter o lucro líquido. Nunca esqueça de incluir os valores de impostos.
Markup
É o percentual de lucro desejado. Para precificar um produto de produção própria use como base o custo de produção, ou seja, tudo o que você gastou para produzir o item que será vendido, inclusive mão de obra utilizada.
Para o caso de revenda de produtos, este custo é o que você pagou para comprá-lo e levá-lo até a sua loja.
4. Preço x Valor
Preço de um produto ou serviço representa a quantia em dinheiro que terá de ser paga para adquiri-lo. Valor é tudo aquilo que está em volta do produto.
Por exemplo: um atendimento excelente, benefícios exclusivos e um ambiente diferenciado, saltam aos olhos do consumidor, o que enriquece o seu produto e lhe dá margem positiva para precificá-lo.
Você ou sua empresa sai na frente da concorrência quando cria experiências únicas ao consumidor, ao invés de apenas vender algo.
5. Estude a concorrência
Se você não tem um negócio exclusivo, é certo que existem empresas no mesmo ramo que você, que podem te auxiliar a montar uma tabela de preços já praticadas pelo comércio.
Primeiro, mesmo que você analise a concorrência, considere a margem de lucro do seu segmento e suas expectativas de retorno sobre o investimento que você fez na hora de precificar seu produto.
Caso aconteça no seu estudo da concorrência, você identificar que é preciso sua empresa praticar preços mais baixos, a solução é voltar a analisar as contas e ver onde é possível cortar alguns gastos.
Mas não se preocupe, pois, precificar seu produto com um valor mais alto do que o da concorrência, nem sempre significa necessariamente uma atitude ruim. Isso dá muito certo quando você agrega valor ao produto ou serviço, oferecendo diferenciais que aos olhos dos clientes sejam vantajosos para eles.
Além da tabela de preço que vai te ajudar a precificar o seu produto, procure saber qual o público da sua concorrência.
O objetivo neste caso, é fazer com que a precificação final seja formulada com base nas necessidades e desejos dos consumidores, não apenas a partir de cálculos matemáticos.
6. Precificação de produto x precificação de serviço
A precificação de produtos é muito diferente da precificação de serviços. Existem várias formas de precificar serviços. Vai depender da natureza da atividade em que você se enquadra:
- por hora;
- por produção;
- por dia ou por empreitada;
- ou por êxito, como no caso de advogados, por exemplo.
Cabe a você definir qual modelo se encaixa melhor no tipo de serviço que você ou sua empresa oferece ou presta ao consumidor que lhe procura.
No início parece um desafio enorme, mas procure sempre se atualizar sobre o seu empreendimento, assim verá que precificar os produtos não é um bicho de sete cabeças.
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